sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Tecnologia Aplicada à Educação - Começo de conversa

      O que a educação tem a ver com tecnologia? Esta é uma primeira pergunta que muitas
vezes vem à mente dos educadores, em geral quando se fala em tecnologia educacional. Antes
de apresentar as diversas tecnologias contidas, sendo algumas notadamente educacionais e
outras não, julgamos ser conveniente comentar algumas questões sobre este assunto.
      A presença inegável da tecnologia em nossa sociedade constitui a primeira base para
que haja necessidade de sua presença na escola. A tecnologia é, como a escrita, na definição
de Lévy (1993), uma tecnologia da inteligência, fruto do trabalho do homem em transformar
o mundo, e é também ferramenta desta transformação. Apesar da produção das tecnologias
estar a serviço dos interesses de lucro do sistema capitalista, a sua utilização ganha o mundo e
acontece também de acordo com as necessidades, desejos e objetivos dos usuários.
      Um histórico da introdução mais sistematizada das tecnologias na escola brasileira,
iniciada no Brasil partir dos anos 60, pode ajudar a esclarecer por que se formou sobre o
assunto um certo preconceito no meio educacional. A proposta de levar para a sala de aula
qualquer novo equipamento tecnológico que a sociedade industrial vinha produzindo de modo
cada vez mais acelerado foi, no Brasil, uma das pontas de um contexto político-econômico
cujos objetivos eram inserir o país no mercado econômico mundial como produtor e
consumidor dos bens, em uma perspectiva de um desenvolvimento associado ao capital
estrangeiro. Na educação isso se traduziu na defesa de um modo tecnicista, preconizando o
uso das tecnologias como fator de modernização da prática pedagógica e solução de todos os
seus problemas.



LEITE, Lígia Silva. (Coord.). Tecnologia educacional: descubra suas possibilidades na
sala de aula. Colaboração de Cláudia Lopes Pocho, Márcia de Medeiros Aguiar, Marisa
Narcizo Sampaio. 2. Ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2004.


Um comentário:

  1. Não há como formar cidadãos atuantes e reflexivos quando a escola está alheia a realidade que os cerca. Por isso é que vemos educandos cada vez mais desistimulados, com professores fingindo que ensinam e alunos fingindo que aprendem.
    Para reverter essa situação o EDUCADOR, como agente facilitador, deve se interessar por assuntos que estão no cotidiano dos educandos. E a tecnologia então, é uma das principais. Cabe ao professor se interar desse assunto a fim de resgatar o educando para uma aprendizagem significativa. A internet não se limita apenas a sites de relacionamentos e bate papo, ela é uma fonte riquíssima de aprendizagem! Professores... mãos a obra! Somos co-responsáveis pelas gerações do amanhã!

    Anna Paula Paiva

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