sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Estágio Supervisionado Disciplinas Pedagógicas: A gestão Participativa nas Escolas

A GESTÃO PARTICIPATIVA NAS ESCOLAS

    Considerando os objetivos sociopolíticos da ação dos educadores voltados para as lutas pela transformação social e da ação da própria escola de promover a apropriação do saber para a instrumentação científica e cultural da população, é possível não só resistir às formas conservadoras de organização e gestão escolar, como também adotar formas alternativas e criativas, que contribuam para uma escola democrática a serviço da formação de cidadãos críticos e participativos e da transformação das relações sociais presentes.
Desta forma a participação é o principal meio de assegurar uma gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Além do mais a participação proporciona melhor conhecimento dos objetivos e das metas da escola, de sua estrutura organizacional e de sua relação com a comunidade.
    A ação participativa hábil em educação é orientada pela promoção solidário da participação por todos da comunidade escolar, na construção da escola como organização dinâmico e competente, tomando decisões em conjunto orientadas pelo compromisso com valores, princípios e objetivos educacionais elevados, respeitando os demais participantes e capacitando a diversidade de posicionamento e características pessoais. (LUCK, 2009, p.51).
    No decorrer de todo o processo de gestão escolar são proposto alguns princípios como autonomia da escola e da comunidade educativa, assim as escolas podem traçar o próprio caminho, envolvendo professores, alunos, funcionários, pais e toda a comunidade próxima que se tornam responsáveis pelo bom funcionamento da instituição e desta forma esta organização escolar transforma-se em instancias educadora espaço de trabalho coletivo e de aprendizagem.
Implantar novos esquemas de gestão nas escolas públicas, concedendo-lhes autonomia financeira, administrativa e pedagógica: assegurar as instituições formadoras um novo padrão de qualidade, compatível com os requerimentos atuais da política de educação para todos. (MARTINS, 2007, p.89).
    Além do mais o trabalho de articulação e desenvolvimento de habilidades e atitudes de participação constitui-se em uma condição fundamental do papel do gestor. Desta forma a confiança e a reciprocidade entre os membros de uma equipe constituem condição essencial para o bom funcionamento de uma unidade social de trabalho, caracterizado a partir do desenvolvimento da ética entre os companheiros de trabalho.
Observa-se que todos esses processos de mudança que ocorreram que tornou a gestão escolar mais participativa tiveram inicio nos anos 90, segundo a LDB (lei de diretrizes e base da educação nacional), que foi promulgada em dezembro de 1996, e a partir de então se torna necessária. No que se refere à gestão e a organização da educação básica, a LDB 9394/96 introduz importantes mudanças na escola e esta lei torna-se obrigatória.
    A gestão participativa nas escolas é, então, percebida como sendo um meio capaz de possibilitar maior envolvimento dos profissionais na democratização da gestão escolar. Há ampla literatura sobre o efeito da democratização da educação no planejamento e na tomada de decisões na prática cotidiana. Desse modo, o foco na escola e no aluno e a probabilidade de autonomia e sucesso da escola são aumentados.
    A comunicação entre a equipe escolar, os pais, os estudantes e seus familiares é uma das estratégias usadas para estabelecer uma prática escolar participativa. A partir de uma visão comum, as pessoas definem objetivos, metas, caminhos teóricos e práticos a serem seguidos. Elas constroem o Plano de Desenvolvimento da Escola, os projetos financeiros e pedagógicos de forma mais abrangente e realista.
A comunicação aberta e clara pode ser uma estratégia eficiente capaz de promover certa visão de conjunto e facilitar a possibilidade de integrar a comunidade escolar consigo própria, dentro de seus próprios muros e com a comunidade local.
Sendo assim conclui-se que, as escolas são lugares onde prevalece a justiça; onde se cultiva a eqüidade; onde a integridade é a força motriz em todos os relacionamentos. Onde a plena participação de pais, alunos, comunidade, enfim, é a expectativa onde a inclusão é a norma que distribui os recursos eqüitativamente; e que permitem os recursos dos membros corrigirem as injustiças.
Postado Por: Ana Maria, Cristiane, Janaina, Mª Joelma e Rosilene

Um comentário:

  1. Em pleno século XXI, com tantas mudanças que houveram em todos os âmbitos da sociedade, já era para estar em vigor, em todas as escolas, este tipo de gestão. Mas de acordo com as minhas vivências tanto em escolas públicas quanto particulares, percebe-se que este modelo ainda está no papel. A concentração do poder na mão de poucos e outros tendo que se submeter, e muitas vezes, uma gestão participativa que fica apenas "de nome" visto que sempre o que prevalece é a opinião do "diretor!". A teoria é muito bonita..mas cm diz o ditado..."Na prática, a teoria é outra...!"
    Anna Paula Paiva

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